A Bolsa de Valores é conhecida por suas flutuações, e quando ocorre uma alta expressiva, os investidores se deparam com uma oportunidade empolgante. No entanto, é fundamental entender como tirar o máximo proveito desses momentos de euforia financeira, evitando arrependimentos futuros.

Neste artigo, exploraremos estratégias inteligentes para se beneficiar da alta da Bolsa de Valores, aproveitando ao máximo esse “rally”.

Entender o termo “IBOVESPA em alta”

Primeiramente, precisamos entender que quando se ouve que o índice IBOV está em alta, não quer dizer que todas as ações da Bolsa estão subindo desenfreadamente. Apenas para reforçar, deve-se entender que o IBOV nada mais é que uma cesta das ações mais negociadas de toda a Bolsa.

Logo, quando por exemplo, compra-se o índice, compra-se todas as ações que o compõem, ocasionando uma subida quase que coordenada desses papéis. Por isso, e apenas para deixar claro sobre esse termo, esse entendimento é muito importante para os próximos tópicos desse artigo.

Buscar promoções em ativos que não compõem o IBOV

Agora que você sabe que o IBOV nada mais é do que uma cesta de papéis específicos, é possível encontrar bons papéis descontados. Alguns exemplos de papéis “não famosos” que subiram bem nos últimos 30 dias (cotação em 21/06/22):

• NGRD3 (+48,51%), e esse está na minha carteira, amém;
• NEOE3 (+30,25%), ótimo ativo, além de pagar bons dividendos;
• ZAMP3 (+58,60%);
• MODL3 (+34,58%);
• BPAN4 (+42,34%);
• GUAR3 (+47,32%);

Todos esses ativos fazem parte da minha carteira pessoal, porém, sem dúvidas existem outros diversos fora do radar. Lembrando que o IBOV cresceu, no mesmo período, 9,26%. E recentemente, mesmo nessa alta, andei comprando alguns ativos, os quais você pode acompanhar na minha página de Operações.

E assim, obtendo esses lucros, eu realizado a próxima operação descrita no tópico abaixo: o rebalanceamento.

Rebalancear a carteira

Caso você tenha acessado minha página de Operações, notou que realizei uma venda com 60% de lucro. Tal venda, se deu pelo fato de que o ativo atingiu um valor satisfatório para mim, realizei a venda e realoquei em outras oportunidades mais descontadas (também disponíveis na página de operações).

Vale destacar que, isso é a minha estratégia de realocação, talvez você seja mais focado em dividendos por exemplo, e não queria vender nenhum ativo, tudo bem, siga a sua estratégia. Minha estratégia é mais focada na venda com lucro quando eu achar que está interessante, então, realocar em tempos de alta é super normal no meu caso.

Engordar o caixa

Aproveitei a queda no inicio do ano para comprar muito, portanto, meu caixa vivia nas mínimas. Com essa subida, conforme já informado, realizei 50% da venda do meu maior ativo em carteira, aproveitando para rebalancear a carteira e fortalecer o caixa.

Lembre-se: só grandes volatilidades podem proporcionar grandes lucros. E para aproveitar esses momentos, o caixa é essencial.

Não deixe de conferir meu artigo sobre a Melhor Reserva de Emergência de 2023.

Para perfis mais conservadores, empresas sólidas é uma boa pedida!

Se para cair, elas são “casca grossa”, para subir é a mesma situação na maioria das vezes. Para quem está com sua reserva de emergência/oportunidade já com um valor satisfatório e quer alocar o restante do capital, apostar em ativos de setores tradicionais pode ser uma boa pedida.

Aqui vai variar de perfil para perfil, eu, particularmente prefiro buscar ativos um pouco fora do radar e com um bom potencial de dividendos nesses momentos. Um exemplo disso é NEOE3, que é um papel do setor elétrico que na minha opinião está com um bom desconto e tem esse potencial de dividendos. Hoje, esse papel é um dos 3 maiores da minha carteira.

Outro exemplo que vejo é ITUB4, ativo que subiu apenas 8% no último mês e é extremamente seguro, além de pagar dividendos mensais. Nessa etapa, você pode aproveitar para botar em prática o próximo tópico.

Diversificação

Esse é um tema bastante polêmico. Alguns dizem que diversificar é quando não se sabe o que comprar, e outro dizem que isso é uma proteção. A resposta certa? Não existe. Sua estratégia e o que te faz se sentir bem é a melhor resposta.

O que eu faço: diversificar entre ativos mais voláteis e ativos mais “seguros” que pagam bons dividendos, pois caso haja um período de queda, continuo recebendo dividendos e usando os mesmos para aportar nos ativos da carteira que mais caíram.

Conclusão

Renda variável não é um parque de diversões, meus amigos(as)! Não existe queda infinita e nem alta infinita, o que é real e palpável é a sua estratégia. O mercado não é bobo e não joga dinheiro na mesa facilmente, mas uma coisa que eu sempre estou alerta é no movimento do efeito manada.

Se é uma grande alta, dentro da minha estratégia eu aplico os princípios acima, principalmente o rebalanceamento. Se é uma grande queda, busco bons ativos, sem inventar muita moda aqui.

Bons investimentos para nós!